CÂMARA DISCUTE PAUTAS IMPORTANTES DURANTE SESSÃO ORDINÁRIA DESTA TERÇA-FEIRA
1 PAULO SALES (PROS)
Falou sobre a política de meio ambiente, porque se preocupa muito com a vida do cidadão que vive no campo, uma vez que tem filhos e netos vivendo na reserva Chico Mendes. No que disse os ter tirado da cidade para livrar de um futuro pior, com medo de caírem em facção. Mas destacou que na zona rural encontra uma barreira muito pesada em relação às políticas ambientais. Disse que vê um batalhão de policias em cima do trabalhador, no entanto, não vê política educativa, só vê policiais prendendo armas, alimentos, carne de animais que pegam e jogam fora, madeiras etc. Nisto reclamou destacando que zona rural sabe-se que o povo vive da caça e não se mata com pau, é com arma, então eles têm que ter uma arma e precisam caçar para sobreviver. Então é necessário que haja política educativa para a população da zona rural, dizendo o que pode e o que não pode, antes de saírem prendendo tudo e multando. Pediu que as autoridades competentes reflitam sobre cada cidadão trabalhador e haja de forma mais passiva com diálogo e bom senso. Mudando de assunto, falou a respeito do ramal Icuriã, aonde a Prefeitura começou trabalho mal feito e de péssima qualidade. Disse que só estão levantando poeira, porque já está no mês de Agosto, e deveriam estar fazendo algo melhor. Disse ser lamentável, a população sofrer tanto com as condições dos ramais, então espera que o novo gestor de em Assis Brasil, pense em fazer um trabalho com planejamento e qualidade. No demais, elogiou a Secretária de Saúde, pelo trabalho que vem fazendo humildemente e dando conta dos problemas. Depois falou sobre críticas que recebeu de um cidadão que dizia que os Vereadores não ligam para nada em relação a pandemia, no que retrucou que se os Vereadores forem cobrar do prefeito e a polícia agir de forma correta a coibir o povo com violência, todos vão reclamar do mesmo jeito. Então a população tem que ter consciência e não ficar indo fazer aglomeração na praia.
2 CLAUDIA GONÇALVES (PSD)
Falou sobre fiscalização em massa do ICMBIO na zona rural, aonde entraram nas casas das pessoas para confiscar carnes e armas, no que muitas pessoas sofreram humilhação, tiveram que descongelar seus freezers para entregar carne de caça que seria para alimentação da semana. No que a Vereadora questionou que se eles não caçarem, vai viver de que? E pior, se vier morar na cidade, vão viver de que? Continuou, enfatizando que não concorda com esse tipo de trabalho que estão fazendo, amedrontando as pessoas. Indo em comitiva de policiais para amedrontar. Disse que essa forma de fiscalizar é muito humilhante para os colonos e eles não merecem ser tratados assim, pois caçam para seu próprio sustento. Mudando de assunto contou que esteve fazendo visitas no ramal do Icuriã, se deparou com mulher em trabalho de parto, sendo transportada em caminhonete e pode ver que a mesma sofria muito por conta das condições do ramal esburacado, fato que pode piorar a saúde de qualquer doente. Destacou ainda que o Icuriã é um dos maiores ramais, aonde tem muitas aldeias, até comércio tem, então muitas pessoas transitam por ele, mas o frete para lá o mais barato é R$ 1200,00 reais, por conta das más condições do ramal, mas muitas famílias tem que pagar esse valor se quiserem chegar a suas casas ou vir para o hospital na cidade. No demais contou que no ramal do Recife, tem um senhor com 2 mil quilos de feijão para trazer, mas não é possível por conta do ramal. Buscando solução, a Vereadora disse que conversou com o Secretário de obras, e ele disse que faz o que pode, mas não tem maquinários para fazer os trabalhos da forma como é pra ser. Este fato resulta que nisto os Vereadores são muito cobrados. Finalizou falando sobre as pessoas que estão pleiteando entrar na vereança, dizendo que os atuais não estão fazendo nada, no que destacou que essas pessoas não tem acompanhado o trabalho do parlamento.
2 ANTONIA CAVALCANTE (PCdoB)
Discorreu sobre ter sido procurada para receber reclamações sobre o Detran de Assis Brasil, que está deixando muito a desejar em relação a pandemia. Que o Detran hoje atende apenas 02 vezes por semana até meio dia. Quando o povo chega são mal recebidos pelo funcionário que fica na frente, pois ele não tem modos de tratar as pessoas. Nisto citou que ela própria havia presenciado uma situação de um senhor analfabeto que foi transferir uma moto para seu nome e ele foi muito mal tratado pelo servidor que disse grosseiramente que ele não iria ser atendido naquele dia porque precisava agendar no sistema, mas a pessoa inocente e sem conhecimentos, disse não conhecia quem era o era o sistema. No que a Vereadora interviu pelo cidadão porque entendeu que o mesmo era tão humilde que não sabia o que era a palavra sistema. Nisto, solicitou para falar com seu chefe e tentar resolver o problema, destacando que o cidadão da zona rural não sabe que a situação mudou, eles pensam que ainda é como antes, então teria que ter uma alternativa para essas pessoas. No tocante convidou os Vereadores para buscarem uma solução para a questão do Detran, destacando que Assis Brasil não precisar estar com um Detran atendendo apenas 02 vezes por semana, porque Assis Brasil é um município pequeno, sem contar que todos os outros órgãos já estão funcionando novamente. Além disso para chegar na Secretaria de Educação passa por dentro do Detran, então o fluxo de pessoas é o mesmo. Nisto destacou que é preciso acionar o Detran em Rio Branco, e se possível o Governo do Estado e Câmara dos Deputados para resolver essa situação. Mudando de assunto, abordou o que está acontecendo dentro da Resex, Reserva Chico Mendes, disse que está um verdadeiro caos. Disse que foi procurada por um pai de família que chorando contou a situação vivida durante ação do ICMBIO e exército dentro de sua propriedade na zona rural. Disse que todos são sabedores que existe lei que proíbe o desmatamento, mas tem que ter alternativas para que o cidadão não precise desmatar, porque hoje a nível de país, estado e município, o cidadão que mora na zona rural não tem alternativas e com isso está sendo obrigado a migrar para a zona urbana, correndo o risco de seus filhos virarem traficantes, prostitutas, maconheiros ou alcóolatras por falta de opção na zona rural. Então essa é uma preocupação de todos os Vereadores. Citou outra situação em que um colono doou parte de sua terra para seu irmão trabalhar (irmão este que sempre viveu na zona rural), nisto ele foi multado e teve que pagar fiança de R$ 700,00 para poder sair da cadeia e mais 5 mil de multa, simplesmente por ter doado a terra para seu irmão. Indignada a Vereadora disse que isso é um absurdo, é o cúmulo, uma falta de consciência. Além disso o colono falou que será expulso da terra, no que ela o informou que não será expulso e se for, ele deve ir à justiça lutar pelos seus direitos. Disse que tem que tentar resolver esses problemas, porque não é justo um pai de família ser pego no seu roçado ou de dentro da sua casa, a exemplo levaram motosserra de um colono de dentro de sua casa, mas eles não podem fazer isso, não tem autorização pra isso. Outro cidadão conhecedor de seus direitos, quando disse a eles que podiam entrar na sua casa e fazer o que quisessem, mas depois ele iria procurar seus direitos. No que a Vereadora disse ter gostado da atitude do cidadão, uma vez que realmente é assim que se deve proceder com essa gente que abusa do poder que tem, sem ter mandado de busca e apreensão, expedido pelo Juiz. Ressaltou que o direito dos cidadãos está sendo violado, durante essas operações na zona rural. Teve cidadão multado em 320 mil e outra multa porque tinha um casco de jabuti no chão, o agente abusadamente mandou colocar mais R$ 1.000,00 na multa dele. Sendo isso abuso de poder, abuso de autoridade, não existe isso. Disse estar indignada com isso, que a população tem deveres mas também tem direitos, e está sendo cobrado apenas os deveres. Então os Vereadores têm que agir e fazer algo para ajudar essas pessoas porque muitas delas são analfabetos e não conhecem seus direitos, por isso ficam calados e sendo humilhados. Finalizou dizendo que todos têm que ser respeitados como cidadãos e pessoas que pagam seus impostos.